terça-feira, 15 de abril de 2014

(para a mãe no 15 de abril dela)




















Hoje queria escrever-te em silêncio.
Queria escrever-te com um gesto.
Perto. Próximo. De nós duas.

Hoje queria escrever-te com um olhar.
Queria escrever-te com um instante.
Perto. Próximo. De nós.

Hoje queria escrever-te sem fronteiras.
Queria escrever-te sem linhas.
Aqui e agora.

Hoje estou em silêncio na minha falta em ti.

Estou cheia de linhas e contra linhas,
de chão, de tecto,
de barreiras.
Tudo a ser rompido por esse meu amor inesgotável
que sinto por ti.

Somos nós. Juntas.
Que fazemos o mundo ser redondo, quadrado ou abstracto.
Somos nós. Juntas.
Que fazemos o sonho real, irreal ou trémulo.
Somos nós. Juntas.
Que nos fazemos ser e ser de novo e mais uma vez,
outra vez.

Da saudade só o silêncio.
Da falta só o olhar.
De mim só tu.

Aqui. Agora. E para sempre.

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