terça-feira, 4 de setembro de 2012

Para minha sanidade mental




Para minha sanidade mental escrevo-me. Me escrevo. Agora sou eu que me escrevo. 

Para minha segurança quero perder a audiência. Ficar no silêncio, sob as pálpebras negras que me cobrem quando abro os olhos.

Ele deve estar debaixo da árvore de folhas caídas. Na sombra, passando pela dificuldade de sobreviver à primeira impressão (ou talvez não).

Para mim sempre foi a dificuldade de sobreviver. Só. 
Sobreviver só. Só sobreviver...
Sobreviver à celebração da alegria, sobreviver à perda dela e sobreviver à sua reconquista.

Diz-me o que fazer para te sobreviver. 
Arrisco-me na tentativa de ser original? 
Para ti? 
Para nada?

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