Outra coisa, ainda mais complicada, que também não deve ser esquecida: o
governo considera bem-vindas as ameaças da troika. São a chantagem que
precisam, pedem e combinam. Não são uma voz alheia, nem dos "credores",
nem da troika, nem de ninguém, são o auto falante agressivo que o
governo necessita para tornar a sua política inquestionável e servir de
ameaça a todas as críticas. E por último, e não é de menos, esta gente é perigosa e, na agonia, muito mais perigosa ainda.
(A propósito do despacho do ministro Vítor Gaspar de 8 de Abril que pára o funcionamento do estado português, atribuindo essa decisão ao Tribunal Constitucional. O governo entrou numa guerra institucional
dentro do estado, em colaboração com a troika, para abrir caminho a
políticas de duvidosa legalidade e legitimidade baseadas no relatório
que fez em conjunto com o FMI. Não conheço nenhum motivo mais
forte e justificado para a dissolução da Assembleia da República por
parte do Presidente do que este acto revanchista contra os portugueses.)
J. Pacheco Pereira
J. Pacheco Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário