Eu assumo o desafio de descobrir o escondido, o não revelado, o não percebido nos objectos aparentemente unidimensionais ou com uma única valência.
Esse é todo o projecto da humanidade. Significar não só o insignificado como o insignificável, especialmente o discurso artístico, o discurso poético. A arquitectura carrega muito a memória daquilo que nunca vimos. Pressupõe, portanto, um modo de olhar que, embora adquirido, nos acaba por ser tão próprio como o faro é para os cães.
Manuel Vicente
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